A produção de cacau e de café uniu durante séculos a Guiné Equatorial e Portugal, pelo que a entrada na Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) é vista com naturalidade, até por quem não concorda com o regime.
"Sempre houve muitos portugueses cá", diz Weja Chicampo, dirigente do movimento de autodeterminação da ilha de Bioko e líder da etnia bubi, que se queixa de ser ostracizada pelos fang, ligados ao regime, em particular o clã do Presidente Teodoro Obiang, os Esangui.
"Nós gostamos muito de Portugal porque eles trataram-nos sempre bem", afirma Juan, taxista em Malabo e neto de um português que trabalhava nas "fincas" de cacau de Sanpaca.